Estrutura hospitalar nas unidades de saúde do Tocantins foi tema de debate em reunião do Cemas
Membros do Ministério Público do Tocantins (MPTO) que atuam na área da saúde participaram, na última segunda-feira, 15, de videoconferência do Comitê Executivo para Monitoramento das Ações de Saúde do Estado do Tocantins (Cemas-TO). “Modelo de gestão hospitalar na pandemia do Covid-19 e uma visão geral e atual do Tocantins com enfoque na situação da região norte do Estado” foi o tema do debate que reuniu os integrantes do comitê, em especial do Sistema de Justiça.
O Comitê, que tem como titular a promotora de Justiça Araína Cesárea D'Alessandro, abriu espaço também aos promotores de Justiça convidados que têm atuado na linha de frente na área da saúde, em diversas regiões do Tocantins, Marcelo Lima Nunes, de Gurupi; Paulo Sérgio de Oliveira, de Augustinópolis; e Argemiro Ferreira, responsável por coordenar os recursos oriundos de verbas pecuniárias arrecadadas pelo Ministério Público e destinadas à aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
A ausência de Unidades de Terapia Intensiva (UTI's) no Hospital Regional de Augustinópolis foi um dos principais problemas apontados, já que o hospital é referência para os Municípios da região do Bico do Papagaio, acarretando sobrecarga da rede hospitalar da cidade de Araguaína.
Na ocasião, a promotora de Justiça Araína D'Alessandro expôs também a situação do transporte sanitário, ou seja, das ambulâncias no interior do Estado, a falta de respiradores nos sete hospitais regionais, bem como a necessidade de melhor capacitação para atenção básica nos municípios.
O evento contou com a participação dos integrantes do projeto "Todos Pela Saúde", Maria Letícia de Pellegrin, especialista em saúde coletiva, e Paulo Roberto Cavallaro Azevedo, médico líder de campo responsável pela análise da gestão hospitalar.
Todos pela Saúde
Criado para apoiar as iniciativas da saúde pública no combate à pandemia, com recurso proveniente doação de R$ 1 bilhão pelo Banco Itaú, o Projeto Todos pela Saúde será gerido por um grupo de especialistas, sob a liderança do médico Paulo Chapchap, diretor-geral do Hospital Sírio Libanês. Também integram o grupo Dráuzio Varela, médico oncologista; Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein; Pedro Barbosa, diretor-presidente do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBPM), ligado à Fiocruz; Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Anvisa; Maurício Ceschin, ex-diretor-presidente da ANS; Eugênio Vilaça Mendes, especialista em saúde pública. O acompanhamento e a disseminação do projeto estão sendo feitos pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) do Ministério da Saúde e cada Estado tem desdobramento do COE. (Denise Soares com informações da Ascom/TJ)