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08/03/2021

Relatos da vida profissional e familiar abrem programação da Semana da Mulher no MPTO


No primeiro dia do evento em comemoração à Semana da Mulher no Ministério Público do Tocantins (MPTO), as procuradoras de Justiça Leila da Costa Vilela Magalhães e Jacqueline Tomaz, e a promotora de Justiça Beatriz Regina de Mello falaram sobre o desafio de conciliar vida profissional e pessoal, bem como contaram histórias que marcaram suas trajetórias na instituição. O evento foi aberto pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Casaroti, e pela coordenadora do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional – Escola Superior o Ministério Público (Cesaf-ESMP), Cynthia Assis de Paula. 


O procurador-geral de Justiça ressaltou a importância do momento de diálogo, integração e compartilhamento de vivência e experiências profissionais. “Há muito o que ser discutido, em especial neste contexto de pandemia, em que a mulher profissional e a mulher mãe se viram diante de novos desafios, além daqueles que já faziam parte do seu cotidiano”.


Referindo-se ao tema da Semana da Mulher, “Recuperando histórias para fortalecer redes de solidariedade”, a diretora do Cesaf/ESMP, Cynthia Assis de Paula, salientou que as histórias servem para fortalecer os laços que unem as mulheres. “É necessário refletir, repensar, acreditar em nós mesmas enquanto pessoas, ouvir histórias e recuperar histórias para nos fortalecer enquanto pessoas e enquanto profissionais”.


A decana do Ministério Público, procuradora de Justiça Leila da Costa Vilela, fez um relato emocionante em termos de superação, de quando ingressou no Ministério Público, na década de 80, ainda no Estado de Goiás. Ela falou que o fato de ser mulher promotora de Justiça e ter apenas 22 anos de idade foram fatores que a fizeram passar por momentos difíceis, pelo machismo ainda muito evidente na época. Porém avaliou que atualmente a instituição vive outra situação. “Nós estamos em uma carreira que tem espaço para todas nós, só temos que ter apenas vontade de fazer, pois existe espaço e respeito”.


Os poucos recursos para o desempenho dos trabalhos no MPTO quando tomou posse como promotora de Justiça também foram contados pela procuradora de Justiça Jacqueline Tomaz, que atuou grande parte da sua carreira na comarca de Porto Nacional, na Vara da Família. Segundo ela, apesar das dificuldades da época, obteve êxito na missão de ser profissional e mãe. “Ainda existe um preconceito, mas nada impede que a mulher possa lutar pelo seu espaço no local de trabalho, se esforçar e escolher a área que ela deseja”, avaliou. 


A promotora de Justiça Beatriz Mello considerou que equilíbrio, em todas as situações da vida, é a chave do sucesso para que as mulheres possam galgar cargos relevantes. “Nós podemos sim ser tudo isso, não esquecendo desta missão maravilhosa e divina que é a maternidade, porque também é através dela que nós iremos formar gerações. O exemplo que nós estamos dando enquanto mães e profissionais passam por muitas gerações. A palavra fica, mas a palavra arrasta”. 


Programação 


Na quarta-feira, 10, a promotora de Justiça de São Paulo Gabriela Manssur ministrará palestra sobre as lutas históricas das mulheres no contexto legal da Justiça brasileira.

Nos demais dias, até 12 de março, servidoras, promotoras e procuradoras de Justiça estarão reunidas em rodas de conversa digitais, com temáticas que envolvem o papel assumido enquanto mulher, mãe e também sobre saúde e pandemia. Uma live musical encerrará a programação. (Denise Soares)