Roda de conversa entre integrantes do MPTO discute desafios das mulheres em conciliar atividades diárias
A experiência de vida da promotora de Justiça Ana Lucia Bernardes abriu a roda de conversa entre integrantes do Ministério Público do Tocantins no segundo dia da programação da Semana da Mulher, que foi voltado ao compartilhamento de vivências e histórias pessoais. Nesta terça-feira, 09, a condução dos trabalhos ficou por conta da procuradora de Justiça Maria Cotinha Bezerra Pereira.
Nas considerações de Maria Cotinha, o evento demonstra o valor e o reconhecimento do trabalho feminino para a constituição do Ministério Público tocantinense. “Todos nós vivemos e testemunhamos a inclusão significativa das mulheres no âmbito da nossa instituição, imbuídas do honroso desiderato o que é de atender a sociedade tocantinense”.
Ana Lúcia Bernardes, promotora de Justiça de Gurupi, destacou que sua atuação no Júri foi a atividade mais desafiadora da carreira, porém a que mais a fez crescer profissionalmente.
De forma didática, com apresentações de slides que retrataram cada fase da vida, a servidora Candice Novais, da Área de Assistência e Promoção à Saúde, falou das suas duas paixões: o trabalho e a família, afirmando que foi inspirador conhecer a trajetória das demais integrantes do MPTO.
Cleivane Peres, servidora lotada no Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação (Caopije), relatou as dificuldades de chefiar a família sozinha e falou da importância de ter sido aprovada em concurso público, o que classificou como uma das suas maiores conquistas.
A promotora de Justiça Cristina Seuser narrou a história de quando assumiu o cargo aos 40 anos de idade, no momento em que também havia iniciado a maternidade. Segundo ela, essas escolhas lhe obrigaram a tomar uma dura decisão, a de deixar as filhas por um tempo em Minas Gerais, com familiares, enquanto se organizava no Tocantins.
A analista ministerial Marlene Menezes confessou que quando concluiu do curso de Direito não planejava ingressar no Ministério Público e afirmou que sua entrada na instituição ocorreu por questão de oportunidade, imaginando que permaneceria por um curto período. O casamento, que também não era prioridade, aconteceu, e com ele veio a decisão da maternidade, já aos 40 anos de idade. Fato que, de acordo com ela, foi um divisor de água em decorrência do falecimento do bebê, com apenas três dias de nascido, o que a fez ver a vida sobre outra ótica e a levou a optar pela adoção de uma criança.
Programação
Nesta quarta-feira, 10, a promotora de Justiça de São Paulo Gabriela Manssur realiza palestra com a temática “As lutas históricas das mulheres no contexto legal da Justiça brasileira”. No dia 11, com a temática “Saúde e pandemia: experiência na linha de frente”, haverá exposição das promotoras de Justiça Araína Cesárea D´Alessandro, Bartira Quinteiro, Isabelle Rocha Valença e Luma Gomides, mediante coordenação da procuradora de Justiça Vera Nilva Alvares Rocha Lira. (Denise Soares)