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25/05/2021

MPTO participa de campanha do Instituto de Criminalística para auxiliar na busca por pessoas desaparecidas por meio de análise de DNA



Neste dia 25 de maio, Dia Internacional da Criança Desaparecida, o Instituto de Criminalística, órgão ligado à Superintendência da Polícia Científica, com o apoio do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e de órgãos especializados, lança a campanha “Projeto de Coleta de DNA para Busca de Pessoas Desaparecidas”.

O projeto faz parte da campanha nacional realizada pela Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos, da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, com o apoio dos 27 Estados que possuem laboratórios de Genética Forense.

O uso da técnica que utiliza o DNA para confrontar informações genéticas e objetos de pessoas desaparecidas com informações genéticas de familiares é inédita. O gerente da qualidade do laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística, Marciley Alves Bastos, esclareceu que a campanha visa justamente conscientizar e fomentar a coleta, que acontecerá no mês junho, de material genético de familiares e objetos pessoais de pessoas desaparecidas para auxilio nessas buscas.


Ainda segundo ele, os dados do material genético dos familiares serão inseridos no Sistema Integrado de DNA (SINDNA) e vão servir para a obtenção de um perfil genético que abastecerá o Sistema Combinado de Índices de DNA (Codis), para confrontamento estadual, nacional ou até mesmo internacional. Esses dados serão utilizados nos processos de localização de desaparecidos, identificação de óbitos e verificação de fenômenos correlatos.


Coletas



Para auxiliar na busca por pessoas desaparecidas e utilização da técnica, é necessário realizar a coleta de dados dos familiares, que segundo a diretora de Perícia Criminal, Aldenis Bezerra, será realizada inicialmente entre os dias 14 a 18 de junho, mas seguirá após esse período. Os postos de coleta serão montados em Palmas, Araguaína e Gurupi. Serão organizadas tendas em frente ao Instituto de Criminalística, que servirão de apoio para a realização de coletas de material biológico, dos objetos pessoais dos desaparecidos e preenchimento de fichas com dados relevantes. Além desses postos, serão montados núcleos de coleta nas cidades onde o Instituto de Medicina Legal (IML) ou o Instituto de Criminalística (IC) estiverem presentes.


Ministério Público do Tocantins


A campanha conta com o apoio do Ministério Público do Tocantins na divulgação e no desenvolvimento de ações coordenadas destinadas à localização de pessoas desaparecidas.


O MPTO dispõe do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), que efetua cadastro de desaparecidos, realiza estudos acerca de políticas públicas voltadas à questão e utiliza o Sistema de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), que concentra dados de diversas fontes.  


Para a promotora de Justiça Isabelle Valença, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Cidadania, dos Direitos Humanos da Mulher (Caoccid), a integração de diversos órgãos e alimentação do sistema com o  máximo de informações vai possibilitar um trabalho mais efetivo de localização dessas pessoas. (com informações da SSP)