Em Gurupi, MPTO obtém condenação de homem, que matou mulher na frente do filho, a 14 anos de prisão
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) obteve nesta segunda-feira, 31, a condenação de Valdir da Silva Santos a 14 anos de prisão pelos crimes de feminicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo.
O réu foi acusado de matar a esposa em agosto de 2021. O caso teve grande repercussão na cidade porque o crime foi cometido na frente do filho do casal, de 11 anos.
A sustentação oral foi feita pelos promotores de Justiça Ana Lúcia Gomes Vanderley Bernardes e Rafael Pinto Alamy, que atuam em Gurupi. Eles informaram que o MP vai recorrer da decisão, com o objetivo de aumentar a pena do condenado.
Conforme as investigações, Valdir disparou quatro tiros contra Marilene Rodrigues porque não aceitava o pedido de separação da vítima, supostamente para não ter que dividir os bens do casal. Ela foi atingida enquanto estava deitada em um colchão, no chão, por isso o crime foi classificado como feminicídio qualificado (uso de recurso que dificultou a defesa da vítima).
Desde 2001, este é o 13º caso de feminicídio ou tentativa de feminicídio julgado no Tribunal do Júri, na Comarca de Gurupi. Todos resultaram na condenação dos acusados. (João Pedrini)
Notícias Relacionadas
MPTO instaura procedimentos para apurar qualidade da água fornecida em Palmas
Novo Tribunal do Juri pode ser convocado quando réu é absolvido por clemência e de forma contrária às provas, decide STF
STF: condenação pelo Tribunal do Júri autoriza a imediata execução da pena, independente do tempo de prisão determinado
Maior seca na história do Brasil aumenta o desafio do Ministério Público de proteger o Cerrado tocantinense
Morte de réu por crime contra a vida tira da competência do júri corréu acusado de crime conexo
A pedido do MPTO, Energisa é condenada a pagar R$ 50 mil por incêndio que afetou área equivalente a 260 campos de futebol em Crixás do Tocantins