Famílias Acolhedoras: MPTO promove debate sobre implantação do serviço em Tocantínia
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) promoveu, na noite desta quarta-feira, 16, audiência pública sobre a implantação do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (SFA) em Tocantínia. Realizado na Câmara de Vereadores da cidade, o evento reuniu representantes do poder público municipal, estadual e federal, além da comunidade local, para debater a importância do acolhimento temporário de crianças e adolescentes em risco social. Na oportunidade também foi apresentado o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FIA).
“O acolhimento é temporário, mas os resultados positivos são para a vida toda”, enfatizou a promotora titular da 2ª Promotoria de Justiça de Miracema do Tocantins e idealizadora da audiência, Sterlane de Castro Ferreira. Ela também destacou a importância do serviço como uma medida protetiva excepcional e provisória, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para crianças e jovens que precisam ser afastados de sua família de origem.
Diálogo
Durante a audiência, a promotora reforçou que “o Ministério Público está sempre disponível para dialogar e buscar soluções juntamente com as demais autoridades na busca da implementação dessa política pública da infância e da juventude”.
Como funciona
Ao abrir espaço para dúvidas e esclarecimentos quanto ao Serviço de Família Acolhedora, foram apresentados os requisitos necessários às famílias que desejam fazer parte do programa. Entre as exigências, destacam-se ter mais de 18 anos e residir na cidade. É imprescindível, no entanto, que os interessados não estejam no cadastro único de adoção e que não tenham qualquer interesse em adotar as crianças ou adolescentes enviados para seus lares. Todos precisam ter ciência de que o vínculo é temporário.
Antes de receber as crianças, os voluntários passam por uma capacitação. Durante esse processo, um psicólogo é designado para acompanhamento, especialmente para prepará-los para a adaptação e o momento de despedida.
FIA
Sobre o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, a promotora de Justiça pontuou que o recurso é essencial para financiar projetos que garantem os direitos fundamentais de crianças e adolescentes, como educação, saúde e inclusão social.
Na oportunidade, também foi apresentado o Fundo Especial da Infância e Adolescência (FIA), que representa uma importante fonte de recursos para os municípios, já que ele pode receber até 6% do Imposto de Renda devido por pessoas físicas e até 1% do imposto devido por pessoas jurídicas.
Participantes
Além dos integrantes do MPTO, participaram o prefeito municipal de Tocantínia, João Alberto Coelho Machado; os secretários de Assistência Social de Tocantínia e Lajeado, Sâmia Nikaelen Rosa e Levi Lopes; representantes de Conselhos, da Defensoria Pública, da Universidade Federal do Tocantins, da Funai, da comunidade indígena Xerente, religiosos entre outros.
Notícias Relacionadas
Atuação do Conselho Tutelar é tema de reuniões nas cidades de Palmeirópolis e São Salvador do Tocantins
MPTO obtém decisão para interdição de creche irregular em Palmas
Apresentação
Estudantes do ensino fundamental visitam Promotoria de Justiça de Araguatins em atividade educativa
Com presença do MPTO, proteção a crianças e adolescentes é tema de formação multiprofissional
60% dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente no Tocantins não conhecem a realidade da criança e do adolescente em seus municípios