MPTO requer cumprimento de sentença que determina instalação de UTIs neonatal e pediátrica no Hospital Regional de Gurupi
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) protocolou, nesta quarta-feira, 11, um pedido de cumprimento de sentença transitada em julgado nos autos de uma ação civil pública que exige a instalação de cinco leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e dois leitos de UTI pediátrica no Hospital Regional de Gurupi (HRG). A sentença foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) e transitou em julgado no último dia 6 de dezembro.
O que diz a sentença?
A decisão judicial determina que o estado do Tocantins instale os leitos no prazo máximo de 180 dias, incluindo a estruturação das equipes médica e de enfermagem necessárias, conforme as normativas do Ministério da Saúde. Caso a obrigação não seja cumprida, a sentença prevê aplicação de multa diária de R$ 5 mil, limitada a R$ 300 mil.
Além disso, até que os leitos sejam instalados, os recém-nascidos, crianças e adolescentes que necessitarem de internação em UTI deverão ser transferidos para hospitais públicos ou privados que disponham desse serviço. O descumprimento dessa determinação também está sujeito à mesma multa.
Pedido do MPTO
O MPTO, por meio do requerimento de cumprimento de sentença, solicita:
• A intimação do estado do Tocantins para comprovar o cumprimento integral da decisão judicial.
• O aumento da multa diária para R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Entenda o contexto
O pedido de instalação das UTIs foi feito pelo Promotor de Justiça Marcelo Lima Nunes em uma ação civil pública ajuizada em 2018. Na época, a 6ª Promotoria de Justiça de Gurupi iniciou a investigação devido à ausência de leitos de UTI neonatal e pediátrica no HRG, hospital que atende 18 municípios e uma população de aproximadamente 180 mil habitantes.
A falta desses leitos resulta em uma alta taxa de mortalidade infantil na região, agravada pela necessidade de transferências para outras cidades ou improvisos no atendimento de recém-nascidos, crianças e adolescentes que precisam de tratamento intensivo.
O MPTO ressaltou que a instalação dos leitos é essencial para garantir atendimento adequado e digno à população, reduzindo o número de óbitos evitáveis. “No caso de um recém-nascido, criança ou adolescente necessitar de tratamento intensivo, a possibilidade de falecimento é elevadíssima”, destacou o Promotor Marcelo Lima Nunes.
Notícias Relacionadas
Encontro do Fórum Tocantinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos está com as inscrições abertas
Encontro do Fórum Tocantinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos está com as inscrições abertas
Legislação
MPTO participa de reunião online do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos
MPE sedia III Encontro Estadual do Fórum Tocantinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos
Comissão Temática 2: de Impactos à Saúde, ao Meio ambiente e de Alternativas Sustentáveis (agroecologia e produção orgânica)